Nicéas Romeo Zanchett
Uma das grandes paixões de Picasso era o desenho e gravuras. Sempre foi um ativo participante de movimentos poéticos. Teve a felicidade de viver numa época de efervescência cultural francesa. Convivia com artistas que buscavam algo de novo nas artes. Fez parte da Sociedade dos Pintores - Gravadores e chegou a revolucionar a técnica de gravação em borracha. Pode-se até dizer que foi esta sociedade que fez a gravura renascer.
Tal como aconteceu com Matisse, Braque e Matnet, Picasso foi um dos responsáveis pela revitalização da gravura no início do século XX. Na década de 30, fez uma série de 300 gravuras para livros de poesia editados por Ambroise Vollard. Também criou uma série de gravuras para um catálogo de espécies animais editado na França por Le Bouffon.
O trabalho do artista como gravador sempre foi muito impulsivo. Sua técnica era despojada e de forma criativa; gostava de estar sempre a criar coisas diferentes. Registrou todas as fases de sua carreira em gravuras e era um adepto da técnica de água forte.
Goia e Rembrandt foram grandes gravadores, mas a obra do artista espanhol não deixa nada a dever.
A gravura é uma arte que tem vida própria. Não é apenas uma reprodução de desenhos.
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