Nicéas Romeo Zanchett
Mistério, fascínio e misticismo.
A história da Índia começa com Alexandre Magno, no ano 326 a.C.; entretanto, antes mesmo dele existir, já havia uma civilização tri-milenar avançadíssima chamada Proto-História, que os especialistas vem pacientemente reconstruindo.
A Índia moderna que conhecemos se divide em duas fases: a de dominação inglesa e a Índia independente que se iniciou em 1948, quando Nehru assumiu a presidência do país.
Em Ellora estão algumas das grutas mais bonitas do mundo, transformadas em colossal santuários. São 34 grutas, sendo 12 Budistas e 22 Bramânicas. Ali existe também um impressionante templo dedicado à Shiva.
A Índia é um verdadeiro Museu de Arte Milenar.
Em Khajuraho se encontram os famosos templos com estátuas representando o amor sexual. Porque foram construídos é um mistério que perdura ao longo de séculos. Ainda hoje, nossa cultura ocidental não consegue entender a sexualidade ali representada em esculturas tão exóticas que, a princípio, eram vistas como pornográficas. Felizmente, na medida em que os mistérios vão sendo desvendados, vamos compreendendo e podemos finalmente perceber que a pornografia estava apenas nos olhos de quem as via.
Apesar da destruição promovida pelos invasores, ainda hoje existem 22 templos dedicados ao amor.
O Yoga sexual ou Maithuma, é um tema frequente nas esculturas Hindus. As figuras maithuna não podem ser vistas como orgias rituais; na verdade, representam a eterna união do espírito com a natureza. A sexualização é espiritualizada, onde homem e mulher se complementam mutuamente. O amor sexual é uma forma de adoração, onde os parceiros representam, um para o outro, a reencarnação da divindade. Meditar sobre o assunto nos leva a perceber que somos seres em correlação e não em separação. O amor físico implica na verdadeira descoberta do parceiro.
A união entre homem e mulher é o casamento entre o céu e a terra. A energia sexual do casal manifesta-se como energia espiritual, com o poder divino de procriar.
A semente unida à terra fecunda o campo, assim como o sêmen unido ao óvulo fecunda o ventre e produz o milagre de uma nova vida.
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